J'en ferai une beauté par contraste, je trouverai le contre-partie, j'établirai un dialogue entre la rudesse et la finesse, entre le terne et l'intense, entre la précision et l'accident. Et je condurait les gens a observer et à reflechir." (Le Corbusier, 1953)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Immeuble Clarté, 1930-32







Rue St. Laurent, 2
Genéve

Bloco de apartamentos, excelente estado, áreas públicas de acesso livre.
Estrutura metálica.

O nome deste edifício, que significa “claridade”, justifica-se no facto de ambas as fachadas serem totalmente em vidro, seja ele transparente nas varandas que, de dois em dois pisos, atravessam o edifício em toda a sua extensão. Estas têm estrutura metálica e o pavimento executado exclusivamente em madeira, visível em ambas as faces.
Mas a distribuição da luz não se limita aos apartamentos, que têem as suas paredes exteriores totalmente envidraçadas. Também nas caixa de escadas é utilizado um inovador sistema de distribuição da luz na vertical, através da execução dos degraus e dos patamares totalmente em tijolo de vidro apoiado em estrutura metálica. Ora a luz entra em abundância na cobertura de vidro do último piso, e flui pela caixa de escadas até ao piso de entrada, num interessante avanço daquelas que seriam preocupações de aproveitamente energético décadas mais tarde. Talvez este cuidado se justifique pelo enquadramento geográfico da construção, dado que na cidade suiça em grande parte do ano existe pouco sol, portanto seria de grande interesse potenciá-lo da melhor forma.
Na generalidade, os apartamentos são constituídos por dois pisos, abrindo-se um dos quartos/escritório do piso superior, em pé-direito duplo, para a sala do piso inferior. Esta organização justifica a existência de varandas apenas nos pisos onde se situam as zonas sociais. Interiormente, esta disposição é denunciada pela “invasão” dos patamares dos pisos pelas escadas em caracol de ligação interior entre os dois pisos dos apartamentos. Este tramo de cilindro é pintado numa cor destacada do branco das restantes paredes, embora as cores que podemos lá encontrar nada tenham que ver com as originais.
Na visita a este edifício, tive a sorte de o encontrar em obras de recuperação num dos blocos. Foi possível compreender bem o sistema construtivo: a estrutura é totalmente metálica, razão pela qual se encontra em perfeito estado oitenta anos após a sua edificação. O enchimento das é feito com palha misturada e fixada com algum cimento e outros materiais. As paredes interiores são em tijolo com uma espessura muito reduzida, aproximadamente 5 cm. Curiosamente, com o passar do tempo todos os apartamentos sofreram alterações à sua disposição e acabamentos, o que vem reforçar a ideia do “plan libre” e justificar a utilização de paredes leves e facilmente desmanteláveis para redefinição do espaço.
Uma das dificuldades com que a equipa de arquitectos a trabalhar permanentemente no local se confrontou, foi a reposição das cores originais. Não existe actualmente nenhum documento que testemunhe as intenções de Le Corbusier relativamente à coloração interior do edifício, até porque este parece ter sido pouco acompanhado, na sua execução, pelo arquitecto. Por outro lado, alguns dos apartamentos nunca foram construídos conforme o projecto, dado que tinham já um proprietário que os acabou a seu gosto. Exemplo disso é uma escada interior em madeira trabalhada, existente no interior de um apartamento desde a sua origem, em vez da escada de betão que existe nas restantes células. Imaginamos que relativamente à cor o processo possa ter sido semelhante. No entanto, foi elaborado um cuidadoso estudo científico, que analisou as várias camadas de revestimento das paredes, na tentativa de descobrir qual teria sido a primeira camada. Quase todas as camadas eram constituídas por papel de parede, embora as cores não correspondam às paletas que Le Corbusier organizou para a Salubra. De qualquer modo, tratam-se de cores pastel, quebradas, dentro do que seria esperado nesta altura. Fica no entanto por descobrir se estas cores faziam parte do projecto ou seriam moda à época.


L'Immeuble Clarté a été construit en 1931/1932 par le Corbusier et son cousin Pierre Jeanneret sur mandat de l'industriel genevois Edmond Wanner. L'immeuble Clarté occupe une position clé dans l'œuvre de l'architecte. Épisode capital dans un projet mené comme un travail de recherche, « la Clarté » représente d'une manière exemplaire la contribution apportée par Le Corbusier et Jeanneret à la rationalisation des travaux de construction proprement dits (« montage à sec »), au renouvellement des conceptions de la structure porteuse (squelette en acier, soudé) et au renouvellement de la culture de l'habitat des classes moyennes (« immeuble villa »). L'Immeuble Clarté est un immeuble locatif de 8 étages et ... appartements de tailles et formes différentes. Il présente, de l'extérieur, deux façades opposées entièrement vitrées. Toute la structure de l'immeuble Clarté repose sur des piliers. Cette charpente métallique libérant ainsi les façades et murs intérieurs de toute fonction portante accorde une grande liberté d'agencement des appartements de types divers. L'immeuble est pourvu d'une chaufferie centrale, de nombreuses caves, d'une dizaine de garages, de garages à vélos, etc. La cage d'escalier dans chaque allée est éclairée par une toiture voûtée en dalles de verre translucide. Chaque allée est pourvue d'un ascenseur. Tous les appartements sont aménagés en fonction des deux grandes baies vitrées les éclairant profondément. La polychromie dans les appartements se réduit à deux couleurs : la couleur brun fonçé et le bleu clair (unesco)

Located 2-4 rue st-laurent in the Villereuse quarter, this building may seem dated today. however, at the time of its conception(1931-1932) by the great architect of swiss origin, Le Corbusier, it was a vanguanrd project, a small revolution in construction technics. Built entirely of steel ans glass, its matel framework frees the interior walls of any load-bearig fuction, thus permiting greater freedom in the layout and furnishing of the rooms.The facades all of glass, enable a maximum of light to enter, whence the names "clarté"(light) or "maison de verre"(glass house) for this building (http://forum.aroots.org/)

Um comentário:

Gabriel disse...

Hola,

Si desea saber más acerca de la ciudad y sus habitantes Fruges, he iniciado un proyecto sobre la memoria de esta zona poco habitual:

http://lamachineahabiter.com/

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